Em terra de sabiá, minhoca dorme de toca.

Orgulho em ser braSileiro

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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Criolo lança disco “Nó na Orelha” em show no SESC Vila Mariana.

Após 23 anos de carreira como MC, Kleber Gomes apresenta seu primeiro álbum de canções, totalmente autoral, com produção de Daniel Ganjaman e Marcelo Cabral, em edições em vinil e CD.



Aos 35 anos, 23 deles dedicados ao rap, Kleber Gomes, o Criolo, lança seu primeiro álbum de canções, “Nó na Orelha”, com apoio da Matilha Cultural, em show no teatro do SESC Vila Mariana, dia 02 de junho, 21h. Totalmente autoral, o disco traz dez faixas com produção de Daniel Ganjaman (ex-Planet Hemp e produtor de discos de nomes como Nação Zumbi e Sabotage ) e Marcelo Cabral. O álbum foi gravado e mixado em 2010 por Daniel Ganjaman e masterizado por Fernando Sanches no estúdio El Rocha (gravações adicionais estúdio Fine Tuning). O show de lançamento do disco em São Paulo conta com 15 músicos no palco. A banda é formada por Daniel Ganjaman (teclados), Marcelo Cabral (baixo elétrico e acústico), Kiko Dinucci (violão e voz), Rodrigo Campos (cavaquinho), Regis Damasceno (guitarra), Samuel Fraga (bateria), Maurício Alves (percussão), Thiago França (sax tenor e flauta), Fernando Bastos (sax baritono), Gustavo Sousa (trompete), Renato Rossi (viola), Luis Nascimento (violino) e DJ Dan Dan (toca-discos). As cantoras Verônica Ferriani e Juçara Marçal assumem os backing vocals do palco, como no disco.

Criolo é multi-talentoso. Compositor de canções contundentes e letras bem construídas, destila versos habilidosos como MC, sem necessariamente utilizar-se de rimas para tal, e profere vocais que surpreendem pela beleza e versatilidade. Paulistano nascido no bairro de Santo Amaro e criado no Grajaú, Kleber Gomes mune-se de agressividade, humor e delicadeza para criar seu aguardado “Nó na Orelha”. Com igual domínio compõe e entoa genêros diversos comosamba, afrobeat, bolero, reggae, rap e romântico.


Primeira faixa do disco, “Bogotá” celebra a influência da música africana com sax tenor de Thiago França e vocais das cantoras Verônica Ferriani e Juçara Marçal. Clássico imediato, “Não Existe Amor em SP” exibe poesia e interpretação que não deixam dúvidas a respeito da força da composição e da garganta de Criolo. Para fechar o lado A, Criolo surge com entonação dramática no lamento das agruras de “Freguês da Meia-Noite”, samba canção acirrado por arranjo de cordas certeiro.

Criador da Rinha dos MCs, uma das festas mais autênticas do hip hop dedicada às batalhas de improvisação, Criolo não deixa de representar sua raíz musical em “Nó na Orelha”. Hit dos shows, “Sucrilhos” resurge com novo arranjo para os já conhecidos versos “Pode colar mas sem arrastar. Se arrastar, favela vai cobrar. Acostumado com Sucrilhos no prato, morango só é bom com a preta de lado”. A malemolência de “Subirudoistiozin”, o alto impacto de “Lion Man“ e a musculosa “Grajauex” completam a lista de raps, sempre bem elaborados, do disco.
O reggae “Samba Sambei”, faixa em que Criolo manifesta mais uma faceta vocal, e o samba “Linha de Frente”, com Rodrigo Campos no cavaquinho e percussão, exercitam mais algumas contestações na audiência antes de atar o intrigante nó anunciado no título do álbum. Filho do metalúrgico Cleon Monteiro e da professora de filosofia Vilani Cavalcante, Kleber trabalhou nas lojas Americanas, vendeu calçados no Dic, cocadas na rua e roupas de porta em porta. Cursou alguns anos das faculdades de Artes e Pedagogia e aos 18 anos começou a dar aulas para alunos do ginásio e colegial de escolas da rede pública do Grajaú.

Criolo escreveu seu primeiro rap aos 11 anos e sua primeira canção aos 25. “Ainda há Tempo”, seu primeiro registro em estúdio, em 2006, trazia apenas uma canção, ”Aprendiz”. Mesmo sem lançamento oficial, a tiragem de mil unidades esgotou em poucos dias. Apreciador de sambas e fados e compositor compulsivo, Criolo aguardava a oportunidade de apresentar suas canções em um disco produzido de modo diferente do consagrado pelos talentosos beat-makers de seu universo. Com apoio do centro cultural independente sem fins lucrativos Matilha Cultural – que viabilizou a produção de “Nó na Orelha” – conheceu Daniel Ganjaman e Marcelo Cabral. O processo de gravação e produção do disco aproximou Criolo de uma nova cena e rendeu inclusões de suas músicas nos discos do produtor Gui Amabis e do projeto 3 na Massa.
“Nó na Orelha” será editado em vinil e CD, com arte de Ricardo Fernandes na capa e deve chegar às lojas em maio. A edição em CD traz uma versão dub, remix de Daniel Ganjaman, da música “Samba Sambei” como faixa bônus.
Sobre os produtores


Parte do núcleo de produção musical INSTITUTO, ao lado dos produtores Rica Amabis e Tejo, Daniel Sanches Takara (Ganjaman) integrou a banda Planet Hemp e é um dos fundadores do cultuado Estúdio “El Rocha”, na Vila Madalena. Levam sua assinatura produções de discos como “O Rap é Compromisso”, de Sabotage, este ao lado de Zé Gonzales, a convite de Mano Brown. Já colaborou como produtor e músico com nomes como Nação Zumbi, Bezerra da Silva, Seu Jorge, Otto, Helião e Negra Li, Clube do Balanço, Marcelo D2, Elza Soares, Beth Carvalho, Leci Brandão, Luis Melodia e Dicró. Com o parceiro Zé Gonzales produziu, com a Nike e a Kultur Studio, a regravação do clássico “Umbabarauma”, de Jorge Benjor, que faz parceria inédita com Mano Brown. Marcelo Cabral é músico, produziu o disco de estréia da MC Lurdez da Luz e colabora com artistas como Kiko Dinucci, Mariana Aydar, Romulo Fróes, Rodrigo Campos, Instituto, Guizado, Marina de La Riva e Verônica Ferriani.

DOWNLOAD DO ÁLBUM: http://criolo.art.br/criolononaorelhahotsite/

SERVIÇO:
Criolo lança disco “Nó na Orelha” em show no SESC Vila Mariana
02 DE JUNHO (QUINTA-FEIRA), ÀS 21H
Rua Pelotas, 141 – Vila Mariana
Tel.: 11 5080 3000 11 5080 3000
R$ 24,00 [inteira], R$ 12,00 [usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante] R$ 6,00 [trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes]
Ingressos à venda na Rede SESC a partir de 25/05, às 15h

Por Marcus Fredianni.

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