Em terra de sabiá, minhoca dorme de toca.

Orgulho em ser braSileiro

Orgulho em ser braSileiro

quarta-feira, 17 de março de 2010

O Teatro e o Poder: A saida é pela porta da frente.


Quando os caminhos se confundem é necessário voltar ao começo, como diria "Emicida", por isso esta acontecendo em São Paulo, um ciclo de encontros que resgata algo que estava esquecido desde a época do fim do militarismo, O teatro e o poder, que vem reunindo personalidades para discutir a força politica do teatro e até agora contou com a presença do "inclito" Delegado Protógenes Queiroz, que foi o convidado da primeira conversa, dividindo a mesa com Paulo Henrique Amorim e Fernando Moraes. Eles conversaram sobre corrupção, política e os partidos. Sobre a censura explícita, a censura togada, a censura aos blogs e a censura aos livros. Sobre a falta de projeto do País e sobre a discussão das acões publicas, que por sinal deixados de lado, de mãos dadas com todos aqueles que lutaram para o fim do militarismo, nada mais cobraram e acabaram perdendo força com essa desunião e vejo neste ciclo o ressurgimento.





O segundo encontro foi com a subprefeita da Lapa, Soninha Francine.


O terceiro encontro aconteceu no dia 22 de Fevereiro deste ano, com a ilustre presença do Senador Eduardo Matarazzo Suplicy, mesmo com chuva, o público compareceu ao encontro. A conversa não ficou somente em questões culturais, que por sinal muito bem abordadas pelo talentoso e respeitado ator Joca Andreazza, como também se falou sobre política, economia e a questão ideológica que foi abordada pelo empresário e humanista Marcelo Azengo, da agência de publicidade BR2 design.


Como o encontro tem por objetivo ouvir e ser ouvido, os microfones ficam abertos para a interação do público em geral e eu como não podia deixar, aproveitei para fazer um breve discurso, que você acompanha aqui na integra com exclusividade:

Senhores presentes, boa noite!

Meu nome é JAMELO.

Primeiramente gostaria de agradecer esta brilhante iniciativa do Teatro Brasileiro, aqui representado pelos ilustres senhores, Hugo Possolo e Raul Barreto, do Espaço Parlapatões.

"PASSADO, PRESENTE E FUTURO"

O discurso de que me valho pelos pacientes não representa conveniências particulares. É um instrumento da ordem pública.

Minha impressão, neste momento, é quase superior às minhas forças, é a maior com que jamais me aproximei, a mais profunda com que a grandeza de um dever público já me penetrou a conciência, assustada pela fraqueza de seus órgãos. Comoções não tem faltado, nem mesmo as que se ligam ao risco das tempestades. Mas nunca o sentimento da minha insuficiência pessoal antes as responsabilidades de uma ocasião extraordinária, nunca o meu isntinto de cidadão, sob a apreensão das contingências do seu futuro, momentaneamente associado aqui às ansiedades de uma grande expectativa, me afogam o espírito em impressões transbordantes, como as que enchem a atmosfera deste recinto, povoado de temores sagrados e esperanças sublimes.

" Os chefes de estado não se perdem pelo trabalho de seus inimigos; perdem-se pelos planos de sua própria ambição ".
Rui Barbosa.

Os sintomas de uma crise social mais profunda, criadas pela ambição da qual retrata o saudoso Rui Barbosa, estão ai e todos já podem ver e sentir, sabemos da necessidade de o Brasil perseverar em seu novo caminho, livre dos velhos modelos e das velhas e também porque não dos velhos vícios e dos velhos "políticos"?.

Desde a época do fim do regime militar que isso estava assim, abandonado praticamente, pois o povo, os intelectuais e a classe artística acabaram se dissolvendo com a desunião, conseguiram a liberdade de expressão, mas sem expressão, cobrança e acompanhamento de TODOS, ASSISTÍAMOS inertes ao que estamos vendo e vivendo agora, uma sociedade que ESTAVA deixando de ser PROTAGONISTA de sua própria história.

É hora de reinventarmos o País e suas instituições. Por que ficarmos atrelados a modelos gestados em tempos e realidades tão diversas das que vivemos? O Brasil tem que recuperar sua capacidade de criar e de sonhar e isso nós temos de sobra.

Não podemos retardar soluções que apontam para uma melhor governança, onde governo e nação trabalhem em mútuo favor.

Precisamos de um novo papel para o governo. E digo que, paradoxalmente, este novo papel é o mais antigo deles: é a recuperação do papel de governar com criatividade, austeridade, imparcialidade e justiça.

O mundo mudou e que nós mudemos com ele e é hora de fazermos isso já, antes que seja tarde.

Não sou apocalíptico, nem estou anunciando o fim do mundo. Estou lançando um brado de otimismo. E dizendo que, mais que nunca, temos nossos destinos em nossas mãos.


E toda vez que mão humanas misturam sonho, amor, criatividade, coragem e justiça elas conseguem realizar a tarefa divina de construir um novo País, deixando um bom exemplo, que é capaz de remodelar e fazer ocupar o espaço merecido para seu povo.

Que Deus abençõe esta mudança, muito obrigado.
Como o tempo era curto e o assunto muito vasto a conversa se extendeu no bar e café do espaço.
Vou me despedindo por aqui e desde já agradecendo sua visita e seus comentários.
Semana que vem tem mais! Até lá!
.


Crédito: Daniel Cavana, fotógrafo e Espaço Parlapatões.


Espaço Parlapatões: Praça Franklin Roosevelt, 158 - República - Região Central - São Paulo - SP.

Telefone: +55xx11 3258 4449 - GRÁTIS - Classificação etária: Livre.

4 comentários:

  1. Muito bom o discurso! Expressa não só as falhas do nosso sistema político, como também a negligência dos jovens do nosso país. Espero que outros sigam o seu exemplo e dos que participam deste ciclo de encontros. É preciso dialogar. Você está no caminho certo, parabéns!

    Um beijo,

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  2. Ne me quitte pas
    Il faut oublier
    Tout peut s'oublier
    Qui s'enfuit déjà
    Oublier le temps
    Des malentendus
    Et le temps perdu
    A savoir comment
    Oublier ces heures
    Qui tuaient parfois
    A coups de pourquoi
    Le coeur du bonheure

    Ne me quitte pas
    Ne me quitte pas
    Ne me quitte pas

    Moi je t'offrirai
    Des perles et des pluie
    Venues de pays
    Où il ne pleut pas
    Je creuserai la terre
    Jusqu'après ma mort
    Pour couvrir ton corps
    D'or et de lumière
    Je ferai un domaine
    Où l'amour sera roi
    Où l'amour sera loi
    Où tu seras reine

    Ne me quitte pas
    Ne me quitte pas
    Ne me quitte pas

    Ne me quitte pas
    Je t'inventerai
    Des mots insensés
    Que tu comprendras
    Je te parlerai
    De ces amants-là
    Qui ont vu deux fois
    Leurs coeurs s'embraser
    Je te racontrai
    L'histoire de ce roi
    Mort de n'avoir pas
    Pu te rencontrer

    Ne me quitte pas
    Ne me quitte pas
    Ne me quitte pas

    On a vu souvent
    Rejaillir le feu
    De l'ancien volcan
    Qu'on croyait trop vieux
    Il est paraît-il
    Des terres brûlées
    Donnant plus de blé
    Qu'un meilleur avril
    Et quand vient le soir
    Pour qu'un ciel flamboie
    Le rouge et le noir
    Ne s'épousent-ils pas

    Ne me quitte pas
    Ne me quitte pas
    Ne me quitte pas

    Ne me quitte pas
    Je ne vais plus pleurer
    Je ne vais plus parler
    Je me cacherai là
    A te regarder
    Danser et sourire
    Et à t'écouter
    Chanter et puis rire
    Laisse-moi devenir
    L'ombre de ton ombre
    L'ombre de ta main
    L'ombre de ton chien
    Ne me quitte pas

    Ne me quitte pas
    Ne me quitte pas
    Ne me quitte pas

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  3. DISCURSAR É ARTE, CARÁTER E COMPETÊNCIA. PARABÉNS

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